O chão esta molhado e enlamaçado, coturnos pisam e levantam aquela lama, gritando cantigos de guerra, seus passos firmes deixam marcas no chão, seus corações parecem que podem ser ouvidos de longe, mas há algo de errado as suas mãos estão limpas não há armas, que tipo de guerra é essa?
Ulisses desperta, bem não dá para dizer que estava dormindo, mas dê uns tempos para cá ele anda sonhando acordado de mais...ele pega mais uma folha do bloco de notas, e anota tudo que sonhou cada detalhe que se lembra, sua casa já esta lotada desses papéis espalhados por toda casa, cada pequeno papel com uma história... com um sonho...com um futuro... uma realidade... Ele sabia aqueles sonhos não eram apenas sonhos, aqueles mais compreensiveis tornavam-se realidade, mas tem um que ele anda sonhando muito, uma guerra milhares de soldados, todos prontos para a batalha, todos prontos para lutar, contra uma pessoa só,o chão treme de tantos soldados andando em direção àquele ser,suas respirações juntas criam uma fumaça que exala por volta deles mesmos, aquele lutador solitário continua imovel, não parece se preocupar com o número de inimigos que tem a sua frente, não parece se preocupar mesmo... ele levanta sua mão e uma luz branca sai em direção aqueles bravos homens, não sobra nada, nem soldados, nem fardas, coturnos, nem batalhas, chão, ou planeta Terra, uma risada ecoa, esse foi o máximo que o sonho chegou. Cada vez que pensava nisso Ulisses estremecia, ele pensava "e se aquilo tudo se tornasse realidade? O que eu deveria fazer?".
Ele sente seus olhos pesados mais uma vez... ele vê um passaro que voa em direção aos céus, logo ao chão uma menina quase desmaia, o amigo ao seu lado lhe segura, uma bela moça de cabelos castanhos escuros, baixa estatura, pele clara, parecia cansada como se tivesse se esforçado de mais, seu amigo, um homem moreno mais alto que ela, lhe disse:
- Bibi, você não pode ficar usando seu poder assim, olha o que acontece com você...
- Eu sei, Martinez eu iria parar, acho que não tenho escolha, afinal, se não parar acho que acabarei morrendo.
- Vira essa boca pra lá! Você não vai morrer, ainda vai viver muito!
- É... espero que sim.
Ulisses acorda novamente, mesmo sem entender pega uma outra folha do bloco de notas e escreve tudo.
De volta a casa de Matheus, ele se senta de frente ao homem misterioso que invadira sua casa, mesmo ainda sem entender tudo estava disposto a correr o risco e ouvir o que aquele homem tinha a lhe dizer, seu coração estava acelerado, mil possibilidades lhe passavam pela cabeça, mas nenhuma chegou sequer perto do que o rapaz tinha para lhe dizer.
- Olha,Matheus eu sei que você não deve estar entendendo nada, acho que nem teria como, ontem era para ser, e foi, a primeira vez que seu dom se manifestou.
- Dom? - disse Matheus.
- Sim, você tem um dom, um dom incrivel por sinal.
- O que? Aquela luz? Ou o dom de matar pessoas? - sempre que estressado Matheus acabava ironizando, e a verdade é que ele estava muito estressado naquele momento.
- Calma... Seu dom é muito mais que isso, nossa... muito mais mesmo.
- Eu não sei porque eu estou lhe ouvindo, devo estar é ficando louco, isso tudo deve ser um sonho, daqui a pouco eu vou acordar.
Em um piscar de olhos Otávio desaparece da poltrona e reaparece atrás da cadeira de Matheus e fala baixo em seu ouvido:
- Eu não preciso fazer você acreditar, naquilo que você já sabe e sente que é real.- disse Otávio já colocando a sua jaqueta de couro - Bem,eu acho que já esta na minha hora de partir, já falei tudo que tinha para lhe falar...
-ESPERE! - disse Matheus rapidamente.
Otávio que já estava pronto e de costas virou somente o rosto para ouvir o que Matheus tinha a lhe dizer.
- A menina... Ela morreu? Quer dizer, eu a matei? - o coração de Matheus estava batendo mais forte a ideia de ter matado alguém lhe assombrava e muito, o tempo parecia correr mais lentamente até Otávio responder, o nervosismo de Matheus era tanto que lhe parecia que tudo corria em camera lenta.
- Hahah - Otávio riu - Aí, não é a toa que você faz direito, sempre pensando na justiça e em fazer o que é certo. Não se preocupe, eu já tentei muitas vezes salvar aquela moça mas, ela sempre morre, a culpa não é sua... é parte do seu destino, e do dela também.
- Quem era ela? O que ela queria comigo? Ela disse que queria o que eu tinha, disse que eu era especial...
- Sim, você é. Sabe, "Quem era ela?" é uma ótima pergunta, nunca consegui saber nenhuma informação clara sobre ela, a carteira de identidade que ela carregava era falsa, faz um favor para mim tá? Cuida de mim, ok Math? - Otávio dá uma piscadela para Matheus e joga um papel plastificado em cima da mesa, Matheus vai ver, era uma carteira de identidade, estava toda queimada provavelmente pelo choque que sofreu junto com sua dona, na hora da morte da própria, Matheus se esforçou e conseguiu ler duas letras no RG "AN", refletiu um pouco sobre aquilo e após um tempo ele se notou.
-Ei! Só meus amigos me chamam de Math...
Mas já estava sozinho em casa...
CONTINUA...
6 comentários:
caramba, misterios e mais misterios (ri muito da Bibi *-* Q) apesar de tudo coninue, agora estou curioso ¬¬"
posta o 3º rápido D: HSUHSUAHS', muito bom *-*
"sempre que estressado Matheus acabava ironizando". nossa, essa parte me cativou tanto pela veracidade dela que uma lágrima chegou a balançar aqui no meu olho, ameaçando se jogar no teclado no notebook. fatomil KKKKKKKKKKKKKK
mto tri re :D
gratz!
caaaraa, eu rii mt da Biiibi ;D
adooorando a fiic pacas!
Reee parabens pela criatividade.. muito interessante a historia, eu já estou doido para saber o que vai acontecer ... xD
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