Episódio V - 5,10 ou talvez 20

“Baixinho, desde sempre eu tenho que conviver com esse apelido, e isso sempre me irritou muito, mas aí veio o meu poder e eu achei que ninguém mais iria me atormentar, mas, parece que eu me enganei, sempre tem alguém querendo ser mais forte, querendo ser maior... e não importa se eu não fiz nada, eles andam me perseguindo, eles querem me pegar, só que agora eu não sou mais o baixinho, eu mudei, agora eles que são os baixinhos, mesmo assim eu ainda queria voltar a ser normal, eu nunca tive um amigo ou namorada que me compreendesse. Eu sempre sonho que quando morrer São Pedro olharia para mim e diria que eu tive uma vida normal,pacata e cheia de amigos mas esse sonho sempre termina com ele rindo de mim e me chamando de baixinho.
Todo dia eu tento levantar e levar uma vida normal, mas eles não querem deixar! Hoje, por exemplo, eu fui até uma lanchonete comer um hambúrguer, EU SÓ QUERIA COMER UM HAMBURGUER, mas aí alguém e estragou meu dia, esse dom também é uma maldição, isso me deixa louco da vida, poxa eu só queria ter um dia normal.”

Há dois homens com jaleco de médicos um com uma planilha e o outro olhando diretamente nos olhos de um rapaz, com um sorriso de satisfação no rosto.
O rapaz esta preso em forma de crucifixo com algemas presas a parede, é um rapaz pequeno com cabelos loiros que caem sobre o rosto, parece cansado como se tivesse passado por uma grande briga a poucos minutos atrás.
- Precisamos catalogar esse super ser, me dê às informações dele. –disse o homem ainda olhando para o rosto do rapaz parecendo se deliciar com a situação.
- Bruno Zanette, 15 anos, ele tem o dom de aumentar de tamanho e retornar ao seu tamanho natural. – disse o outro homem.
- Hm... Interessante... Bruno, você sabe por que está aqui?
- Por que eu fui burro o bastante para deixar que me pegassem? – disse Bruno em tom de ironia.
O homem sorriu – É também... – o homem virou-se para o seu colega com a planilha e disse – coloque o sedativo nele, não precisamos de um garoto de 5,10 talvez 20 metros destruindo nossas edificações, não é mesmo?
O outro homem ativa a medicação e tudo fica escuro novamente.
Uma gota de suor escorre do rosto de Otávio, ele deseja sobreviver, ouve muitos gritos, ele pensa “eu tenho muito que viver ainda, eu não posso morrer ainda...” o trem está se aproximando, não há como escapar. Otávio fecha os olhos, pensa que não há escapatória ele já está morto, os gritos vão aumentando a cada instante, o barulho do trem aumenta a cada segundo, ele tenta se fechar todo para se proteger, quando simplesmente os gritos param, o barulho do trem cessa, ele abre os olhos e nota que tudo parou realmente todas as pessoas a sua volta estão totalmente paradas, ELE CONSEGUIU PARAR O TEMPO!!! Ele agradece a Deus por ter conseguido se salvar, ele tem que salvar aquela gente, seu pai já havia lhe ensinado a dirigir, ele ligou a ignição e após algumas tentativas o ônibus ligou e ele conseguiu tira-lo da linha do trem agora só faltava fazer o tempo voltar ao normal, ele fecha os olhos se concentra, os gritos voltam o trem passa e todos ficam felizes... Embora ninguém pudesse saber ele agora era um herói e estava orgulhoso de si mesmo duplamente porque de cima de um prédio ele mesmo alguns anos mais velho, observa seu primeiro ato de heroísmo com orgulho.
- Eu tinha que vir ver isso, sei que pode parecer besteira, mas eu tinha que vir ver, não sei se o Math vai fazer um bom trabalho,hehe. – falou Otávio sozinho.
Ele se levanta e ajeita seu casaco.
- Mas... Agora esta na hora de descobrir mais informações sobre essa guerra e me preparar, daqui a 5, 10 ou talvez 20 anos ela comece tenho uma longa viagem a fazer. – e como se não tivesse nada ali ele desaparece, no ar, sem deixar nenhum vestígio de que um dia existiu naquele local.
Ana está nadando, concentrada tentando não pensar em mais nada, ela já havia feito aquilo algumas outras vezes, agora estava tentando se superar mais ainda, dá várias voltas na piscina, mas o que impressiona não são quantas voltas dá ou sua velocidade, o que impressiona é o fato de ela não precisar respirar. Quando ela esta exausta ela para na beira da piscina há alguém lhe esperando com uma toalha, Guilherme lhe dá os parabéns.
- Parabéns, Ana! Se você seguir assim daqui a pouco vai conseguir nadar 5,10 ou talvez 20 minutos sem precisar respirar – diz Guilherme animado.
- É que incrível... – diz Ana não acompanhando toda aquela animação.
- O que foi Ana?
- É que, poxa, todo mundo aqui faz algo extraordinário ou incrível, e eu faço o que? Consigo ficar sem respirar, grande merda...
- Ana, todo dom é extraordinário, mas o que importa é o que você tem aqui, no seu coração.
- Ah que bobagem – diz Ana enquanto sai da piscina – eu queria fazer algo que pudesse ajudar os outros, tem tantos casos de gente com poderes incríveis, atravessar paredes, criar clones, regeneração, a Gii, por exemplo, ela... – Guilherme a interrompe.
- Ana, não importa o dom dos outros ,o que importa é o que você é capaz de fazer, você pode fazer a diferença se quiser e não precisa de dons para isso, você já é muito especial pelo que você é...
- É talvez...
Ana pega sua toalha e sai para o vestiário, não há pegadas no chão.

CONTINUA...

4 comentários:

Ana Völker e Carla Kehl disse...

adoreeeeeei *-*

♰ Daisuke ♰ Nobuo ♰ disse...

notas para o cap 5,10 ou 20 sahushauhsuahsa

Fran disse...

achei esse epi o melhor de todos *0*

Kiki disse...

Ana pode ser salva-vidas de parque aquático ^^

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