Episódio 22 - No Fundo do Poço

     - V-você é Lúcio? – diz Ulisses questionando a sua visão.

     - Não, o Papa... Claro que sou eu.

     - É que eu estava vendo de você de outra forma, não... assim...

     - Assim como? Baixinho?! Nem pense em dizer isso! Eu sempre disse estar como Lúcio e não ser Lúcio, por sinal nem meu nome é Lúcio; me chamo Bruno Zanette, mas conhecido como ZZ. Agora podem me ajudar aqui, ou vão ficar só olhando? – diz ZZ olhando para as placas de ferro que o prendem.

     Jean chega perto e derrete os pedaços de metal que prendem o garoto.

     - Ahhhh muito melhor... – diz ZZ mexendo nos pulsos

     - E-eu não consigo entender... na sua ficha diz que você o possui um poder de aumento de tamanho... – diz Renê olhando para a ficha que fica presa na porta de cada cela.

     - Saber ludibriar os outros é uma arte – diz ele – ou vocês acham que a única coisa que eu fazia era ficar entrando na cabeça de alguém como o Ulisses? Esse foi o único jeito de escapar.

     - Chega de papo! Nós precisamos ir embora agora mesmo! – diz GO.

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     - Eu vim aqui para libertar você. Para lhe levar a liberdade. – diz Renata.

     - Liberdade? Você sabe que eu posso te matar com um pensamento? Em um décimo de segundo eu posso te tornar um nada. Você não tem medo da morte? Você não tem medo de mim?

     - Não. Eu não tenho medo de nada.

     - Nem mesmo... disso? – diz Giordana enquanto um pesado bloco da parede se solta e voa em direção a Renata. O pedaço da parede que se soltou se esmigalha antes que atinja Renata.

      - Parece esse dom de barreira protetora tem sido de grande valia, não? – diz Bella.

      - O que você vai fazer? – diz Giordana assustada por pela primeira vez não machucar alguém; Renata se aproxima dela caminhando e para na frente dela, Giordana olha com um olhar amedrontado para Renata.

      - Hihi, você é tão bonitinha – diz Renata sorrindo docemente para Giordana.

      - O-o q-que? – diz Giordana.logo em seguida sendo abraçada fortemente por Renata.

      - Você é tão fofinha... Você não quer ser minha irmãzinha? – diz Renata tentando imitar o jeito de Bella falar.

      - E-eu não sou fo-fofa... eu machuco as pessoas, eu as mato.

      - Você não me matou, nem conseguiu me machucar; se lembra? Eu posso te proteger de qualquer mal, ninguém vai te machucar; sabe porque? Porque a sua irmã vai te proteger. Me chamo Renata.

      - E-e-eu... obrigada – diz Giordana abraçando.

      - Ahhhhhhhh uma irmãzinha. Que idéia genial! Eu sabia que você tinha um coração bom! – Bella com os olhos brilhando, Renata responde apenas com um olhar de nojo. – aiiiiin, minha linda não me diga que está fazendo tudo isso somente por interesse.

      - Eu tentei pegar o poder dela, mas meu dom ainda não é desenvolvido o bastante para roubar tamanho poder, você sabe disso porque insiste tanto em se fazer de sonsa? – pensa Renata.

      - Ainda tenho a esperança de ver você sendo boazinha e não com essa cara carancuda. – diz Bella fazendo uma cara de pena para Renata que a ignora completamente.

      - Agora vamos limpar essas suas lágrimas – diz Renata enxugando o rosto de Giordana – e vamos embora desse lugar horrível.

      - Mas para onde vamos?  - diz Giordana ainda um pouco chorosa.

      - Eu sei exatamente para aonde vamos, Gi. Tem alguém que fez muito mal para mim, e eu tenho que fazer ele pagar. Você vai ajudar a sua irmãzinha, não vai?

      - Si-sim. – diz Gi levantando-se e movendo um grande pedaço da parede e subindo nele – vem Re, eu vou levar você para onde quer ir.

      - Sim, vamos lá irmãzinha. – diz Renata subindo no pedaço de parede que sai voando pelo buraco criado pela destruição, com os cabelos esvoaçantes ela ri da facilidade com que enganou aquela moça... e estava indo direto para sua vingança.

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     Eles finalmente conseguem fugir de dentro da mansão e se escondem em uma clareira.

      - Se nós queremos sobreviver teremos que nos separar, separados eles não terão tantas chances de nos achar. – diz GO - Cada um vai para um lado e dentro de uma semana iremos nos encontrar neste endereço em Porto Alegre. Espero que todos se dêem bem.

      - Mas não temos chance maiores se ficarmos juntos? – pergunta Jean.

      - Com certeza não, é o que eles esperam que façamos. Todos já sabem usar seus poderes não? Isso vai servir para ajudar vocês a se protegerem. – diz Renê.

      - Er... Guilherme, como respirar por um longo tempo embaixo d’água irá me ajudar a me defender? – pergunta Ana.

      Ulisses se aproxima de Ana, coloca as mãos em seus ombros e fala:

      - Ana, confie no seu potencial, eu vi o que você é capaz de fazer e uau! – diz Ulisses - Não é só isso que você pensa.

      - O que eu faço, Ulisses? – diz Ana.

      - Eu não devo dizer, Ana. Já aprendi isso o futuro não deve ser falado, mas acredite no seu potencial. É o que eu tenho a dizer a você. – diz Ulisses.

      - Muito bem, vamos embora agora – diz GO olhando seriamente para todos que concordam afirmativamente ainda que um pouco assustados indo cada um para um lado. Quando Bibi está indo GO a acompanha.

      - Bibi, você é a única que não tem um poder que possa se defender por isso irei te acompanhar, para aonde você vai?

      - Vou voltar para Pelotas estou com muitas saudades dos meus amigos e de minha família; tenho que vê-los. – diz Bibi

      - Entendo, mas eu vou lhe dizer que isso é perigoso.

      - Eu não me importo.

      - Ok! Ficarei com você, deve ajudar de alguma forma. – diz GO.

      - Hahahahahaha... deve ajudar a ser mais um corpo para colocar na sepultura. Eu fui legal com você desde o começo, Gabriela.

      - Quem disse isso? – pergunta Bibi olhando para os lados.

      - Eu – diz Wilker saindo do meio das arvores. – vim levar você de volta para a mansão.

      - Eu não volto nunca mais para aquele lugar!

      - Se não for por bem, será por mal – diz Wilker quando seu corpo começa a cristalizar criando uma armadura deixando somente seu rosto de fora. – eu acho que você não esperava por isso, não é? – ele estica sua mão que cria uma espada de cristal.

      Bibi se assusta e dá um passo para trás.

      - Vamos, Gabriela; é melhor voltar por bem. – diz ele indo em direção a moça quando algo que ele não consegue ver lhe atinge, parando na frente de Bibi, GO responde:

      - Eu não vou deixar que a leve!

      - Guilherme de Oliveira, haha não sabia que você tinha algum dom, além de ser ridículo.

      - Bem, eu nunca gostei de me gabar, sabe? – diz GO que em um segundo dá um soco no estomago de Wilker e volta para a frente de Bibi.

      - Hahahaha, esses cristais que cobrem o meu corpo não permitem que eu sinta nenhum tipo de dor, mas já você, bem... não posso dizer o mesmo. – diz Wilker se vangloriando. GO olha para sua mão e está sangrando. Wilker cria uma mascara de cristal deixando somente pequenos vãos para respiração e visão – acho que a brincadeira de esconde-esconde acabou para vocês.

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      Jean corre sem olhar para trás pois a qualquer momento alguém pode chegar e o pegar desprevenido.

      Está ficando escuro. Jean decide que é melhor fazer um pouco de fogo, sem iluminação ele não chegará a lugar algum, ele pega um pedaço de galho e acende um fogo com a mão fazendo uma tocha, em poucos instantes ela apaga, Jean tenta acender de novo mas nem sua mão acende.

      - O que está acontecendo? Aonde está o meu poder? – Jean começa a ofegar – Aonde está o ar... – diz ele caindo ajoelhado no chão.

      - Parece que cheguei em uma boa hora... – diz uma menina saindo das sombras.

      - Qu-quem é você? – pergunta Jean olhando para a moça.

      - Me chamo Vicke, aaahhh acho que encontrei o mais bonitinho – diz a moça chegando perto do rapaz – sabe, eu consigo tirar todo o oxigênio a sua volta mas se você aceitar ser meu namorado, eu poupo a sua vida, o que você acha?

       Jean olha para a menina, ela parece ter uns 9 anos ainda, ele com seus 16 anos chegava a achar isso nojento.

      - Vai brincar de boneca, namorar você? Eu prefiro a morte!

      - Então é o que terá! – diz a menina irritada.

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     Longe de todo este problema UchihaL e Lucky conseguem a informação de mais um assassinato: Neste, as paredes da peça estão todas cortadas como se grandes garras tivessem passado por ali, o morto, além da marca ‘K no braço como todos os outros, traz em seu rosto uma cara de fadiga e está machucado... Pela primeira vez parece que ‘K teve que lutar com uma vitima. Lucky e UchihaL entraram escondidos na zona do crime.

      - Vamos UchihaL não temos muito tempo até que alguém volte.

      - Paciência é uma virtude, sabia?

      - É vamos ter que ser muito pacientes nos anos que ficaremos NA PRISÃO!

      - Shhhh... esses policiais de hoje em dia nunca olham toda a cena do crime, sempre tem algo que eles deixam para trás... como por exemplo... – diz UchihaL se abaixando e pegando no chão – um pendrive.

      - Ok! Perfeito, agora vamos!

      Eles saem da cena do crime e vão direto a uma lan house para ver o conteúdo do pendrive  após darem uma olhada e ver alguns arquivos de textos, alguns livros e umas músicas eles descobrem o dono do pendrive.

      - Bem, já sabemos com quem devemos falar. O dono deste pendrive chama-se Matheus... Matheus Lynar.

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     Ana corre rápido, ainda está pensando no que Ulisses lhe disse, ela nunca acreditou em seu potencial, basicamente em nada que vinha dela. Ela sempre via que alguém fazia melhor, sempre havia alguém capaz de superá-la em tudo; seria difícil começar a acreditar em si mesma agora, mas não tinha escolha, era isso ou voltar para o TKJ e se aquele lugar era tão ruim como diziam, ela não iria querer voltar. Ela ouve um uivo vindo de algum lugar;           Ela corre mais rápido, chorando baixo em pensar que poderia ter algo pior do que ir para o TKJ: virar comida de animais selvagens. Quando ela menos espera surge um lobo em sua frente, rosnando e olhando diretamente nos olhos dela.

     - HOWERVER... HOWERVER... – late o lobo para Ana.

      Ela sai correndo e por uns instantes parece que ela conseguiu despistá-lo e vê um poço, por causa do seu poder sabia que poderia ficar um bom tempo lá dentro e provavelmente o lobo iria ir embora. Ela tira a tampa do poço e entra dentro dele, a água está fria mas ela não tem escolha, ela ouve uivos a  volta do poço olhando para cima ela vê um rosto humano olhando para dentro do poço.

      - Tudo bem aí? – pergunta a voz.

      - Eu cai aqui para me proteger de um lobo, você sabe se ele foi embora?

      - Não, ele não foi. Você está falando com ele agora, e eu não vou deixar você sair daí – diz o rapaz olhando no seu touchscreen – Ana Völker, seu poder consiste em respirar embaixo da água sem precisar voltar a superfície e seu recorde é de 20 minutos. Vamos ver quanto tempo você vai agüentar agora. – diz o rapaz, colocando a tampa do poço de volta. – parece que realmente você está no fundo do poço.

CONTINUA...

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