- Qu-quem é você? – pergunta Jean olhando para a moça.
- Me chamo Vicke, aaahhh acho que encontrei o mais bonitinho – diz a moça chegando perto do rapaz – sabe, eu consigo tirar todo o oxigênio a sua volta mas se você aceitar ser meu namorado, eu poupo a sua vida, o que você acha?
Jean olha para a menina, ela parece ter uns 9 anos ainda, ele com seus 16 anos chegava a achar isso nojento.
- Vai brincar de boneca, namorar você?
- Mas é você que eu quero... você é tão bonitinho – diz a menina passando a mão no rosto de Jean e logo após alisando o seu cabelo. – você não precisa morrer, podemos ser felizes juntos. – diz ela deitando a cabeça do rapaz que respira fortemente pela falta de ar.
- Eu prefiro a morte!
- Então é o que terá! – diz a menina irritada.
Ela se levanta e busca um pedaço de tronco pesado.
- Se você não quer ser meu não será de ninguém! – a moça tropeça um passo antes de atingir Jean, ao olhar para seus pés nota que eles estão presos por raízes de arvores, muito bem enroscadas de forma que ela não consegue tirar os próprios pés. – O-o que é isso?! – diz ela irritada querendo se soltar.
- Você não vai conseguir, elas são raízes de bem do fundo da terra, são muito mais resistentes que as normais...
- Quem está aí?! Como você sabe essas coisas?
- Hahahaha eu sei porque este é o meu dom. Eu controlo as plantas... eu as ouço... elas me ouvem... somos amigas, enfim. Eu sabia que o Jean iria se meter em problemas e vim ajudar ele, afinal é o que um vizinho tem que fazer pelo outro. – diz Fran saindo de seu esconderijo.
- Você acha que isso vai me derrotar? Eu vou tirar todo o oxigênio do ar e você e suas amadas plantinhas irão morrer agora mesmo!
- Não seja idiota, menina! Isso não vai funcionar.
- Vamos ver então! – Vicke se concentra mas nada acontece nenhum deles parece estar tendo problemas de respiração. – o que está acontecendo? Porque você não está passando mal?
- Você ainda não deve ter estudado isso, pirralha. Mas as plantas fazem a fotossíntese, trocando o gás carbônico por oxigênio, e foi exatamente isso que eu fiz com meu dom; pedi para que minhas amigas fizessem a fotossíntese e sugassem o gás carbônico e trocassem por oxigênio e agora vou pedir outro favor para elas – diz Fran e em um momento mais vários caules e troncos de arvore envolveram o corpo de Vicke. Jean que já recuperara o ar, se levanta e fala:
- Ahhh agora você me paga – levantando as mãos que acendem como duas tochas.
- Não, Jean. Não faça isso.
- Fran, ela merece – diz Jean irritado.
- Talvez até mereça mas só chamaria a atenção para nossa localização, deixe-a aí e vamos embora, ok? – diz Fran olhando seriamente para os olhos de Jean.
- Ok – diz Jean deixando o fogo em suas mãos apagar, ele vai até a frente da menina – eu nunca gostei de bater em garotoas mesmo; ainda mais uma criança, mas saiba que eu sinto nojo de você – diz Jean saindo com Fran do local.
Uma lagrima escorre do rosto de Vicke e em seu pensamento ela jura vingança que um dia ela iria se vingar de Jean, o seu amor não correspondido.
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- HOWERVER... HOWERVER... – late o lobo para Ana.
Ela sai correndo e por uns instantes parece que ela conseguiu despistá-lo e vê um poço, por causa do seu poder sabia que poderia ficar um bom tempo lá dentro e provavelmente o lobo iria ir embora. Ela tira a tampa do poço e entra dentro dele, a água está fria mas ela não tem escolha, ela ouve uivos a volta do poço olhando para cima ela vê um rosto humano olhando para dentro do poço.
- Tudo bem aí? – pergunta a voz.
- Eu cai aqui para me proteger de um lobo, você sabe se ele foi embora?
- Não, ele não foi. Você está falando com ele agora, e eu não vou deixar você sair daí – diz o rapaz olhando no seu touchscreen – Ana Völker, seu poder consiste em respirar embaixo da água sem precisar voltar a superfície e seu recorde é de 20 minutos. Vamos ver quanto tempo você vai agüentar agora. – diz o rapaz, colocando a tampa do poço de volta. – parece que realmente você está no fundo do poço.
- Droga... eu estou presa aqui... como vou sair? Não há como. Daqui a algum tempo vai acabar meu ar e ir para baixo é impossível, essas paredes são feitas de pedra maciça também não poderei escapar. Acho que meu destino é acabar morrendo aqui ou ter se acontecer um milagre, vou deixar a água me consumir não adianta não há mais como lutar, pelo menos quero vencer o meu recorde talvez eu consiga passar de 20 minutos sem respirar. – pensa Ana enquanto seu corpo afunda para o fundo do poço.
Passasse uma hora, o rapaz parece não ter problema com o tempo passar.
- Nossa que cabeça a minha não me apresentei, eu sou Maia e tive a sorte de te encontrar, o chefe vai ficar muito feliz em saber que eu levei um de volta, bem você já deve estar bem mal agora, já se passou uma hora, vamos ver... – diz o rapaz tirando a tampa do poço, ao tirar ele olha para dentro do poço e não vê ninguém, ele se pergunta como ela escapou. Ele se vira para buscar uma lanterna e olhar melhor para dentro do poço ao se virar ele sente um tremor no chão, ele estranha e vai olhar para dentro do poço novamente. A água do poço jorra como um gêiser que acerta em cheio o rosto de Maia que voa longe, a água toda se junta tomando a forma de uma moça; tomando a forma de Ana.
- Agora eu entendo o que Ulisses queria dizer... – diz Ana olhando para si mesma. – quando eu estava presa lá embaixo eu e a água nos tornamos uma só e acho que entendi todo meu dom agora.
Maia se transforma em um lobo novamente e parte para cima de Ana em investida dando um pulo em sua direção. Ana estica o braço que se torna um laço d’água e chicoteia Maia em forma de lobo. Ana volta até o poço e coloca sua mão dentro dele, quando tira a sua mão de dentro dele ela está do tamanho de uma caixa d’água ela joga em cima de Maia que fica preso dentro daquela grande quantidade de água controlada por Ana. Ela fica olhando para o sofrimento dele lá dentro sem ar.
- Você acha que você agüenta 20 minutos aí dentro? Porque eu acho que não... – diz ela soltando a água que molha tudo em volta, deixando Maia desacordado no chão. Quando Ana se vira e vai embora.
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Enquanto isso na casa de Matheus, Grazi explica para ele o que está acontecendo.
- Math, uma guerra está por vir. E você é a chave para tudo isso, se você não souber usar seu dom... as coisas podem ficar bem mais difíceis.
- Grazi, todos têm um dom especifico algo que pelo menos parece ser compreensível, já eu não. O meu dom parece mudar toda hora.
- É porque você não possui um dom seu; Math. Você possui o dom dos outros, quando você está próximo de alguém, o dom daquela pessoa se torna seu.
- Sim... agora tudo parece fazer mais sentido. Então Grazi quer dizer que aquela vez que você me chamou foi por causa de... – Matheus é interrompido por Grazi que põe o dedo indicador na sua boca para calá-lo.
- Shhhhhhhh... como eu falei não temos tempo para isso. Está na hora de começarmos o seu treinamento.
- Mas de que me servirá eu aprender seu dom? Eu não andarei com você o tempo todo. De que este treinamento irá servir?
- Humpf... calma... – diz Grazi, ela tira seu casaco – bem, agora sim vamos começar – diz ela olhando para a chama de uma das velas que voa em direção a Matheus, que se abaixa rapidamente para esquivar da chama.
- Grazi?! Você está louca? Isso queima!!! – diz Matheus assustado.
Grazi não responde apenas olha para outra chama de outra vela que voa em direção a Matheus que escapa novamente assustado.
- Não adianta ficar escapando delas, você tem que aprender meu dom rapidamente para poder se defender.
- Mas como vou aprender se você não me explica? – diz Matheus se esquivando de outro chama.
- E você acha que todo o adversário que vier com você irá lhe explicar como seu dom funciona?É melhor parar de se esquivar e começar a aprender. – diz Grazi fazendo as chamas atacarem Math.
Ele tenta se concentrar de alguma forma para controlar.a chama que vem em sua direção mas não consegue levando-a diretamente no peito.
- Me explica como isso funciona, Grazi... – diz Matheus no chão olhando para o rosto de Grazi que somente olha para outra vela fazendo a chama ir em direção a Matheus que rola no chão para não ser atingido.
- Já entendi, você não vai falar, não é? – diz Matheus olhando para Grazi que somente lhe faz um olhar que indica obviedade. Quando a próxima chama vem em direção a Matheus ele se concentra e a chama vai um pouco para o lado mas não o suficiente para que ele escape; atingindo seu braço em cheio.
- Bem, já é alguma coisa mas se eu fosse um adversário de verdade você já estaria morto.
- Ainda bem que não é – diz Matheus olhando para seu braço.
- Então eu devo pegar mais pesado – diz Grazi fazendo três chamas irem em cima de Matheus que escapa de duas mas é atingido por uma nas costas e cai no chão.
- Quando você vai entender?! – reclama Grazi - Não adianta escapar, você precisa se defender,você precisa aprender a controlar o meu dom mais rápido do que você está fazendo agora porque... – Matheus se desconcentra no que Grazi fala ele começa a sentir um aroma estranho vindo em sua direção, vindo em direção a porta da sua casa.
- Grazi, espera... – diz ele pedindo para ela fazer silencio e em um segundo alguém bate na porta. – que tal um intervalo? – diz Matheus olhando para Grazi que confirma com a cabeça.
Matheus vai atender a porta cada vez mais sentindo mais forte aquele perfume, olha pelo olho mágico e se depara com um outro olho castanho olhando de volta para ele. Ele se assusta e dá um pulo para trás e começa a ouvir risadas baixas do outro lado da porta, ele abre a porta.Uma bela moça de cabelos escuros sorri abertamente para Matheus.
- Ã.. olá? – diz Matheus.
- Hihi... oie. Tudo bem?
- Ã... acho que sim, o que você deseja?
- Eu sou sua nova vizinha e vim me apresentar, sempre gostei de ter uma boa relação com meus vizinhos e vim te conhecer.
- Ah ok. – diz Matheus dando um sorrisinho amarelo de volta para a moça.
- Me chamo Isabella – diz a moça estendo a mão – mas todos me chamam só de Bella.
- É um bello nome, haha. – diz Matheus achando idiota a piada que ele mesmo fez – me chamo Matheus Lynar – diz ele apertando a mão da moça.
- Algo me diz que vamos nos dar bem... – diz a moça mordiscando o lábio inferior, quando Renata surge ao seu lado.
- Então este é Matheus Lynar. – diz Renata - Exatamente como eu me lembrava dele, acho que finalmente vou poder executar a minha vingança. Bella, peça para entrar.
- Ããã as arrumações lá da casa estão horríveis será que eu não posso entrar para tomar um café eu juro tentar não incomodar...
Matheus olha para trás, imagina que Grazi não irá gostar nenhum pouco disso.
- Por favor... – diz Bella para Matheus.
- Ok... entre – diz Matheus abrindo passagem para Bella.
- Obrigada – diz a moça sorridente, Renata passa junto e olha fulminantemente nos olhos de Matheus.
- É obrigada. – diz ela segurando a risada.
CONTINUA...
NÃO SE ESQUEÇA DE DAR AS ESTRELINHAS \/
3 comentários:
Math é apelão no Isketch, no WAR, e até na FIC!
Por isso ele é foda *reflete*
SHAushaUSHAushaUSHAushaSUH
Ana, eu ja sabia que seu poder era esse, nao tinha outra opçao '-'
Agora só falta o da terra e o do ar *trollface*
Ana virou água? eu sempre soube que essa menina dava um baita caldo (piadinha infame -.-)
Sr. Lynar dando o ar da graça HSIUAHSIUASHAI acredite, não sei como, mas eu ri da piada D=
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