Episódio IX - Sequestro Relâmpago

“Essa cidade é fria, de noite ela fica pior ainda. Se você reparar falta pouco para ela se tornar um verdadeiro caos, durante o dia ela passa pela justiça da dita “gente decente”, os policiais, juízes, promotores, etc. e durante a noite quem comandava era o submundo eram os ladrões, prostitutas, cafetões e traficantes. Uma cidade, que mesmo que suja pelos mendigos dormindo a céu aberto, era linda mas a noite quando os “cidadãos de bem” dormem, ela se torna a moradia dessa escória.
Bem, meu serviço hoje é basicamente de locomoção, meu parceiro foi bem escolhido para este caso, pois já conhecem o poder do alvo, digamos que meu parceiro foi escolhido a dedo, embora seu poder seja necessário ele fala e reclama de mais, quando eu estou fazendo a minha arte, eu gosto de silêncio.

Estamos esperando o alvo, o alvo sempre passa nessa rua e nesse horário, uma verdadeira burrice, porque era uma rua mal iluminada, além disso, ela é pouco usada para não se dizer deserta. Como uma pessoa com um dom se torna prepotente, acha que o seu dom pode lhe proteger de tudo e de todos. Bem, isso é melhor para nós, eu não tenho de que reclamar... Olha lá! O alvo se aproxima quem olha para aquele rostinho lindo nem imagina que ela tem energia que se iguala a uma usina hidroelétrica pequena, uma bela loira, com o perdão da piada ela é uma loira chocante, eu adoraria desenhar ela um dia, mas meu companheiro que já reclamava do tédio da espera, realmente ele não sabe como funciona uma tocaia, já esta na frente da moça, falando com ela. Bem eu só tenho que observar...”
- Olá moça!
- O-olá – diz Alice segurando a bolsa mais junto ao seu corpo.
- Não, não, eu não sou um ladrão, deixa eu me apresentar. Meu nome é Gustavo e venho representando uma companhia sem fins lucrativos, o TKJ, e queremos lhe fazer uma proposta para se juntar a nós, que tal?
- Não, mas obrigada pela proposta, Gustavo – disse Alice seguindo seu caminho e dando as costas para Gustavo.
Gustavo segura Alice pelo braço e fala para a moça:
- Pode me chamar de Stav.
- Então Stav... Solte-me e deixe-me ir ou irá se arrepender...
- Vai fazer o que, loira?
- ISSO! – diz Alice descarregando parte de seu poder no jovem que a segurava, Stav cai no chão, uma fumaça sai lentamente do corpo do rapaz, Alice nem olha para trás e continua seu caminho, mas o rapaz se levanta novamente, Alice não nota até que seu caminho é parado por uma mão que tampa sua boca, ela olha para trás e o braço do rapaz está esticado muito mais do que um braço normal pode chegar, então ela vê o pescoço do rapaz estica até chegar a sua frente e dizer:
- Ter o corpo de borracha pode ser muito útil, não acha?
- Mas que m****.
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Jean chega em casa com um “amigo”, ele já sabia que sua mãe iria sair em poucos minutos, era a oportunidade que ele estava esperando. Em qualquer caso o rapaz havia ido para sua casa para estudar o que não deixava de ser verdade, por que ele realmente tinha ido lá para “isto dar”.
A mãe de Jean sai, ele e o menino se entreolham, em menos de segundos já estão se beijando em meio à troca de carinhos Jean fala:
- Meus pais têm uma cama de casal.
Eles se dirigem a peça da casa, e se deitam na cama após alguns minutos de caricias o rapaz convidado a casa de Jean exclama:
- Nossa... Que calor que tá aqui né?
- É mesmo, você também me deixa assim – diz Jean ofegante.
- Não, Jemo tá calor MESMO!!!
Os meninos olham para a cama e ela está queimada e uma fumaça espessa sai do corpo de Jean e outro menino grita e sai correndo da casa de Jean.
- O que está acontecendo comigo? – diz Jean vendo que cada vez mais a fumaça aumenta.
- O seu dom está se revelando...
- Quem disse isso? – disse Jean com a visão embaçada pela fumaça que saia do seu corpo.
- Eu, Jean, a Fran. Você tem que se acalmar ou isso nunca irá parar...
- Me acalmar? Como?
- Calma – disse Fran que para tentar acalmá-lo vai por sua mão no rosto do vizinho, mas é obrigada a tirá-la rapidamente porque senão sairia queimada.
Jean começa a gritar e de seu corpo sai uma fumaça cada vez mais espessa, seu corpo começa a expelir fogo, quanto mais nervoso ele fica mais o seu corpo expele fogo, até que simplesmente ele desmaia, após Jean cair no chão é que se pode notar um rapaz de casaco longo com uma pistola de tranqüilizante na mão.
- Obrigado por me chamar – disse o rapaz abaixando a pistola e a guardando no coldre.
- Eu achei que fosse o melhor a fazer depois que você me deu seu cartão, mas como eu vou ter certeza de que ele irá ser bem tratado? - pergunta Fran.
- Se quiser pode vir junto, embora já controle seus dons ainda seria bom estar no meio de gente como você e no futuro você pode ser necessária para ajudar a salvar o nosso planeta.
- Ok, onde está seu carro?
- Carro? Hahahahaha Não, a gente vai viajar de um jeito diferente – o rapaz tira o casaco e abre duas belas asas com penas brancas, ele segura Jean no colo e diz para Fran se segurar – Podemos ir? – Fran acena com a cabeça afirmativamente e o rapaz sai batendo suas belezas asas.No meio do vôo Fran deixa cair um cartão aonde pode ser lido um telefone, um nome e um cargo:
Cristian, Caça-Talentos do TKJ.
“De longe dá para notar as luzes, aquela loira já está a uma meia hora soltando relâmpagos e bolas de eletricidade no Stav, que burrice, ela não nota que isso não funciona? Ele está se deleitando com a situação, aquele cara é um maníaco, parece que ele se diverte com o desespero da moça.
Quanto tempo perdido. Eu devia ter trazido a minha nanquim, esse pássaro iria ficar muito mais bonito com ela. Eu perdi uns 10 minutos só para fazer duas asas uniformes, a única parte boa de o Stav estar demorando é que eu gosto de fazer minha arte perfeita e com certeza, com ele reclamando no meu ouvido é que não ficaria assim.
Ela realmente não tem chances contra ele, borracha isola a eletricidade, ainda bem, pois eu acho um desperdício da minha arte usá-la para lutar.
- Não adianta loira, você não pode me vencer. Aceite isso. – disse Stav.
- Isso é o que você pensa – disse Alice preparando para soltar mais raios, mas parece que sua energia se esgotou.
- É loira, parece que sua bateria descarregou.
Alice olha para suas mãos assustada, estava com medo do que iria acontecer agora.
- É acho que agora é minha vez de atacar... – disse Stav partindo para cima de Alice.

CONTINUA...

NÃO SE ESQUEÇA DE DAR AS ESTRELINHAS \/