Episódio 20 - Passado Parte 3





-3 meses antes-
     - Bem, tenha uma boa vida, Anne. Quer dizer uma boa morte. Kkkkkkkkk – diz Rubert que sai de perto dela gargalhando, mas a tempo de ouvir o disparo do revólver e o grito das pessoas à volta. Ajeita a gravata e continua andando: Saíra vitorioso daquela disputa. Mas então ele ouve mais um disparo.
     - DROGA! Não acredito! Ela roubou um poder de barreira protetora! – quando olha para trás Anne já fugiu e os guardas já estão dando tiro no nada.
     - Vocês a deixaram escapar! – grita Rubert estressado chutando a lata de lixo na sua frente.
     Anne corre o mais rápido que pode, Bella surge correndo ao seu lado.
     - Aonde vamos? – diz Bella correndo apressada junto com Anne.
     - Por hora? nem imagino, mas temos que nos esconder primeiro. Depois temos destino certo!
     - É aquele menino não é? Matheus?

     - Sim, ele dará a proteção que precisamos.
     - Vai pedir ajuda para ele?
     - Não se faça de boba! Você sabe que precisamos do dom dele, com isso nos defenderíamos muito bem.
     - Se você diz.
     - Mas vamos ter que nos esconder por uns meses antes de atacar, não será nada fácil, eles estão na nossa cola, teremos que fazer vigia; quando uma dorme a outra deve ficar acordada.
     - Ok. – diz Bella
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
-9 anos atrás-
     Giordana está em casa brincando com suas bonecas, seu pai chega em casa.
     - Oi filha, como foi seu dia, tudo bem?
     - Oi papai, meu hamster morreu hoje...
     - Outro, minha filha?
     - Sim, papai. Ele se comportou mal e acabou morrendo, você me dá outro?
     - Não, já é o terceiro só este mês.
     - Mas eu quero - começa a menina a chorar.
     - Mas não vai ganhar, você tem que se acostumar que nem sempre terá tudo o que quer.
     - Mas eu quero, eu tenho que ter, você é um péssimo pai, eu... eu... quero que você morra! – diz a menina fechando os olhos apertados até que ouve um barulho, ao abrir os olhos seu pai está caído no chão, sem se mover.
     - Pai? – diz a menina indo para perto de seu pai no chão – Pai? Você ta bem? – diz a menina empurrando o corpo imóvel e sem vida de seu pai. – Pai... levanta...
     - Não adianta, ele está morto.
     A menina chorosa olha para o homem que acabou de entrar na sua casa.
     - O que você quer? – diz a menina.
     - Nada, garotinha, calma – diz ele e em um movimento rápido saca uma pistola de tranqüilizante e atira em direção a ela, o tranqüilizante para no meio do caminho no ar.
     - Você quer me machucar! – diz a menina se levantando - você não vai me machucar!!! – o rapaz explode no ar deixando uma pequena chuva de sangue, logo em seguida vários e vários guardas entram atirando tranqüilizantes em sua direção, ela tenta se proteger de todos, mas não consegue e acaba desmaiando.
     Ao acordar está sentada em uma cadeira, se sente tonta ainda, embora ela não compreenda todos os seus dons que possui, ela já entende que consegue mover coisas e começa a brincar de fazer uma caneta levitar, ela ouve passos um homem entra na sala e se senta na cadeira a sua frente, ele olha para a caneta no ar, e só de olhar a caneta desce e volta ao seu lugar.
     - Muito bem. Giordana, seis anos de idade. Seu mãe morreu ao você nascer; seu pai morreu dois dias trás, as duas mortes por causa da seu filha. Pelo que vejo aqui você tem dons incríveis e pode ser uma ótima representante da nossa empresa um dia, nós podemos lhe dar todo carinho e conforto que você precisa; toda a compreensão que seus pais não puderam te dar. – diz o homem com um sotaque alemão forte.
     - Eu machuco pessoas, eu as mato. Você devia de ter medo de mim.
     - Nenhum dom funciona perto de mim, eu não tenho medo de você.
     Giordana olha para caneta, ela começa a tremer e voa na direção do homem e lhe corta o rosto, o homem passa a mão no rosto e vê sangue, ele arregala os olhos e grita coisas em alemão que Giordana não entende.
     - Você não merece viver junto com os outros! Guardas! Levem já este demônio para a nossa cela de maior segurança, não deixem que ela fuja!
     Giordana sabia que por trás de toda aquela raiva, na verdade se escondia o medo, todos agora tinham motivos para temer ela, até ela mesma...
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
-3 meses atrás-
     Grazi espera o seu ônibus, envolta em pensamentos, quando é puxada pelo braço, é Matheus.
     - Porque você está fugindo de mim?
     - E- eu não estou fugindo de você.
     - Claro que está Grazi! Não atende o telefone, sai correndo da faculdade, nunca está em casa e sumiu dos ensaios. Quer que eu pense o que?
     - Eu não quero que você pense nada. Quero que você me deixe em paz!
     - Você sempre disse saber tudo que faz, disse não ter medo do que viria pela frente, mas agora eu não consigo mais te entender. Você nem quis escutar tudo que eu tinha pra te dizer, olha Grazi; Eu fui lá te ajudar e você não deu à mínima, perdi uma chance incrível por sua causa eu não agüento, chega pra mim não dá mais.
     Grazi tenta respirar lentamente, pois ela teria que mentir. Sabia que Matheus queria lhe ajudar e sabia que o que tinha feito era errado, mas o que sua mente berrava dentro de si mesma não podia sair de seus pensamentos, embora tivesse ainda tivesse esperança que por um instante Matheus acreditasse nela, ela sabia que se estivesse errada ia perder toda a sua paz e sabia a falta que isso lhe faria.
     - Matheus, eu estou voltando para São Paulo.
     - Por quê?
     - Tenho mais chances de conseguir um emprego lá, e não vou jogá-las fora.
     - Isso é mentira, Grazi. Você nunca largaria sua vida e seus amigos aqui só por causa disso.
     - Não vivo de mentiras, Matheus. Nem de promessas falsas de sucesso que um nunca irão chegar; sou muito mais que isso. – diz Grazi que chorava por dentro em ter que dizer tamanhas mentiras.
     - Grazi, não vá dizer que eu não quis te escutar, não diga nunca isso para mim, porque eu e você saberemos que isso é mentira! – Grazi não se controla e começa a chorar – NUNCA diga isso Grazi e chorar agora não mudam nada! Só prova que o que você disse é mentira! Não dá mais para perdoar tudo o que você fez pra mim, não diga que mentir e me enganar não é importante! PARE DE CHORAR!
     Grazi dá um tapa no rosto de Matheus e vai sair correndo quando Matheus segura seu braço e diz:
     - Você pode ir embora se quiser como se quiser você pode se desculpar e ficar conosco, mas saiba que se você for embora, eu não ficarei aqui esperando você voltar.
Grazi se solta e diz:
     - Diga que mandei um beijo para Sarisa e para o Rossoni, a nossa banda a Street Cats acabou para sempre, eu com certeza vou embora agora depois dessa nossa conversa. – Grazi pega o primeiro ônibus que passa. Estava muito triste, ele já a considerava um monstro sem sequer ter visto seu poder. Ela tinha que sair daquele lugar.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
     - No presente–
     Renata joga Rubert para um lado da sala, e olha para ele nos olhos.
     - Você quis me matar, ou melhor, você quis nos matar.
     - Kkkkkkk vai fazer o que agora? Vai sugar meu poder? Vai me matar, Anne?
     - NÃO! NÃO É ANNE! ESSA MOÇA ESTÁ MORTA! É RENATA AGORA! Renata... e ela teái a sua vingança.Naquele dia que vocês tentaram me matar, tudo que eu lembrava era tão vago... agora entendo porque... cada detalhe. Aquela Anne morreu e renasceu alguém muito pior; eu, Renata. - Renata começa a lembrar novamente.

-Alguns dias antes-
     - Seres humanos... – pensa Anne - deveriam ser chamados de seres desumanos. Eles são estranhos, sem escrúpulos, podres, patéticos, verdadeiramente patéticos.
     - Não acho. São tão doces, alguns fazem o bem. Veja as crianças, tão inocentes, como são podres? Nem todos são ruins e nem boas... apenas humanos.  – diz Bella.
     - Não seja boba, eles apresentam flutuações de humor, problemas de relacionamento com seus “iguais” e personalidades muito variadas, vidas insuportavelmente problemáticas, tudo é motivo para reclamar, nada NUNCA esta bom, o vizinho sempre tem um jardim mais bonito, que seres mais ridículos, não consigo entendê-los, na verdade nem quero, convivo com eles por falta de opção.
     - Ainnnnn sempre você e essa sua birra; para. Por que esconder tanto o que sente? Não precisa, não pra mim. Eu sei que você não detesta a tudo e a todos como diz. – diz Bella vindo abraçar Anne.
     - Você não vai vir me abraçar, não é?
Bella abaixa os braços desanimada.
     - Estraga prazeres – diz Bella batendo pé. – até você precisa de abraços de vez em quando, sabia? – Renata apenas ignora o comentário.
     Elas andavam por aquelas ruas, úmidas e sujas, era uma noite fria, daquelas de sair fumaça da sua respiração, havia um pouco de névoa no ar, poucas das lâmpadas da rua não estavam estragadas ou depredadas, do outro lado da rua vinha um belo rapaz de cabelos curtos castanhos, envolto em seu sobretudo preto, que andava tranquilamente, ouvindo a música que saia dos seus fones.
     - É ele, não é? – pergunta Bella.
     - Sim, é ele: Matheus Lynar.
     - Hmmm, como é bonito.
     - Não seja boba.
     - Foi só um comentário, ué. Ele é bonito mesmo, afinal.
     - Grande diferença, isso não muda nada; precisamos de seu dom, não de sua beleza.
     - E o que você vai fazer? – perguntou Bella.
     - Matheus! – falou Anne ao passar pelo rapaz, mas ele estava de fones e não ouviu a moça.
     Anne se irritou e deu um puxão no casaco de Matheus. - você sabe do seu dom? Sabe o que é capaz de fazer? Você é especial.
     - Que?! - disse Matheus sem entender nada.
     - HUMPF... Você é especial e nem ao menos sabe, que patético... – disse a Anne menosprezando Matheus.
     - Você é louca? Me solta! – disse Matheus tentando soltar seu braço.
     - Você é especial até entre os especiais e nem ao menos sabe, cara você fede a poder... – diz Anne para Matheus.
     - Na verdade, ele é bem cheiroso – diz Bella chegando perto de Matheus e apreciando o aroma que sai do rapaz.
     - Me larga sua doida! – diz Matheus tentando se desvencilhar de Anne que segurava o seu casaco.
     - Você é ridículo! Tanto poder inutilizado – a moça empurrou Matheus no chão, nesse momento junta-se já um grupinho de pessoas em volta, as pessoas começam a falar e a olhar, mas ninguém faz nada. - Eu quero o que você tem para mim! Bella, me ajude aqui, eu... – diz Anne esticando a mão, mas o seu poder que ela espera que saia não sai.
Um carro estaciona ali perto, era o líder do TKJ e seu incrível dom de anular poderes, obviamente estava anulando o dela; Até Bella havia sumido. Anne olhou a sua volta, no meio da multidão se encontra Rubert também.
Tudo fazia sentido, por causa do dom de Matheus. Ter o dom de quem está a sua volta... Com Rubert por perto ele não morreria; aquilo foi uma armadilha, eles sabiam que ela viria atrás do dom de Matheus e planejaram um modo de matá-la sem sujar as mãos, através de Matheus.
Anne decide fugir, mas antes de poder reagir, vê Matheus disparar uma rajada de choques em sua direção, ela voa no ar; Ela que se achava tão esperta, tivera seu corpo praticamente incinerado numa armadilha preparada pelo TKJ e como já imaginava, morreria sozinha. Nem Bella, que fora sua única companhia durante esses meses, estava ali; Escorre de seu olho uma ultima lagrima; a última lagrima de uma vida.

            CONTINUA...

NÃO SE ESQUEÇA DE DAR AS ESTRELINHAS \/

6 comentários:

Bárbara Carina disse...

FIRST .O/

ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei
<3

a rê é um gênio

♰ Daisuke ♰ Nobuo ♰ disse...

issae, mata aquela vadia matheus -NNNN
;D

UchihaL disse...

WOW Que loko manolo @,@

Jean disse...

Ai, Tadenha da Grazi >.<'
Pressão por todos lados!
E eu não acredito que a Ree/Anne/Bella tenham morrido com tão pouco D=

Kiki disse...

corre Math e dá uns dois tiros na cabeça dela... só pra garantir...

Saaaaaaaasu disse...

oO fiic ta cada vez me dando mais medo

Postar um comentário


Clique na imagem e saiba como ter um personagem nessa história!